O PLANETA TERRA É O ÚNICO ONDE HÁ VIDA?

A curiosidade humana ainda não revelou o enigma

Toda a matéria no universo é
composta pelos mesmos elementos.
Será que nós seres humanos
somos únicos como forma
de vida no universo?

WALQUER CARNEIRO

O Blog Democracia & Política (clique no link para acessar) é um dos que eu sempre leio por ser um meio de informação com assuntos relevantes, com textos de fácil entendimento,  que geralmente me leva a reflexões mais profundas e compreensão de temas que de outra forma eu os teria como complexos, a exemplo da física cosmológica.  

Todos nós em algum momento de nossa vida consciente nos pegamos pensando se existem outros planetas com vida racional, irracional, ou apenas biológica,  como a que vemos nesta joia do universo que é o nosso planeta terra.

Essa curiosidade sempre existiu, e foi isso que levou aos primitivos seres humanos  a ocuparem boa parte do tempo em observações das estrelas,  sempre sonhando com o dia em que pudessem ter a condição de ir até uma delas a procura de um parceiro planeta habitado. Dessa forma surgiu uma questão: Estamos sós no universo?

Essa questão ainda não foi respondida,  e muito menos comprovada com elementos concretos baseados na razão, apesar de toda a tecnologia existente hoje em dia,  nossas maquinas espaciais ainda não conseguiram sair dos limites do sistema solar, e o que se observa além são meras imagens feitas por telescópios.

Um belo artigo, originalmente publicado na Folha de São Paulo,  escrito por Marcelo Gleiser, professor de física teórica, ilustra muito bem esse desejo humano de ter companhia cósmica, levando em conta que ele é um estudioso dessas  questões, todavia no artigo ele analisa com o olhar de uma criança. 

O UNIVERSO E A VIDA

A evolução não leva à vida
complexa e inteligente:
ela leva a formas de vida bem
adaptadas ao seu ambiente

MARCELO GLEISER

Se você tem prestado atenção nas últimas notícias sobre ciência, deve ter percebido que está chovendo planeta.

Na semana [retrazada], astrônomos da Universidade de Genebra, na Suíça, descobriram o planeta que mais se parece com a Terra até agora, ao menos em termos da sua massa e posição. O HD85512 b tem massa 3,6 vezes maior do que a da Terra e orbita sua estrela na "zona habitável", região onde a água, se existir, pode ser líquida.

Claro, não sabemos ainda se existe vida no planeta, ou mesmo se ele é rochoso como a Terra. Serão anos até que seja possível analisar, mesmo que superficialmente, a composição de sua atmosfera. Porém, o entusiasmo é justificável: quanto mais planetas semelhantes à Terra forem encontrados, maiores as chances de a vida existir em outro lugar. As descobertas recentes mostram que planetas como a Terra devem existir. Será que o Universo é mesmo propício à vida?

Cientistas acreditam que a vida é comum no Universo devido à regularidade das leis da física e da química. Galáxias distantes se movem segundo as mesmas leis que conhecemos aqui na Terra; suas estrelas e gases são compostos pelos mesmos elementos químicos.

Portanto, é razoável supor que os mesmos processos que levaram a vida a surgir aqui na Terra há cerca de 3,5 bilhões de anos devem ter ocorrido em outras plataformas planetárias. Esse é o argumento da regularidade cósmica.

Mas será suficiente? A suposição é que, se a física e a química são as mesmas, a biologia também será. Quando pensamos em vida extraterrestre, estamos implicitamente supondo que ela obedece à teoria da evolução por seleção natural de Darwin. Claro, só saberemos se esse é mesmo o caso quando obtivermos uma amostra de vida alienígena e estudarmos suas propriedades e composição genética. Porém, é difícil imaginar que os princípios dar-winistas não se aplicarão.

Mas isso nada diz sobre as particularidades das formas de vida. Quando falamos de vida extraterrestre, é fundamental distinguir entre vida unicelular e vida multicelular. Ao contrário do que muitos supõem, a evolução não leva da vida unicelular à vida complexa e inteligente: ela leva a formas de vida bem adaptadas ao seu ambiente.

Aqui na Terra, durante 2,5 bilhões de anos, a vida se resumiu a seres unicelulares. As transições que levaram da vida unicelular à vida multicelular complexa foram muitas e são ainda pouco compreendidas: de células simples a células com o material genético isolado, como as nossas; daí a seres multicelulares; deles, a criaturas com órgãos diferenciados, mas cuja funcionalidade é integrada.

O que aprendemos com o único exemplo que conhecemos é que a história da vida num planeta depende completamente da história geológica desse planeta (ou lua). Se pudéssemos mudar um evento importante na nossa história, digamos, a colisão com o asteróide que exterminou os dinossauros, a história da vida terrestre teria sido outra. Provavelmente, não estaríamos aqui. Do que vemos até agora, a Terra permanece uma joia rara no cosmo. E merece nosso respeito e cuidado.”

Um comentário:

  1. Primeiro é preciso dizer que qualquer teoria sobre a origem da vida se baseia em hipóteses não comprovadas. Tanto as complexas análise dos biólogos teóricos quanto ao acervo universal do folclore onde se baseia a religião. Também a teoria do extermínio dos dinossauros é uma hipótese não comprovada. O Criacismo, o Evolucionismo, a Teoria da Geração espontânea, o Monismo tudo isso são tentativas para explicar a origem da vida, porém elas não erram em todos, pois cada uma resolve determinadas questões mas depois que a vida surgiu, não resolve o antes e nem o momento exato da origem.

    Há além do fenômeno biológico, o consciente. Quando que a consciência se uniu a biologia, ou ela nunca se uniu e é fruto da primeira, ou a Biologia é o fruto da consciência.

    Mas uma coisa nós sabemos, a Terra é insignificante diante do imensurável universo, que a cada dia o descobrimos mais fantástico do que antes. O avanço tecnológico nos permite cada vez mais nos darmos conta de que somos uma grão de areia na imensidão dos mares.

    Óbvio que há vida em outros planetas, talvez não como a conhecemos, mas há outros modelos biológicos, energéticos, minerais, aminoácidos e enfim uma pluralidade na imaginação do artista que fez a obra.

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