A CORRUPÇÃO, COMO ACABAR COM ELA?

Em ações cotidianas é que a corrupção viceja 

Não podemos considerar o Brasil
um país sério enquanto o índice de
corrupção estiver colaborando para o
implemento da miséria física e moral

WALQUER CARNEIRO




A Corrupção é um fenômeno que se espalha por todos os lugares onde haja ajuntamento humano e sociedades organizadas. O sentido semântico de corrupção nos dá uma clara noção do significado desta palavra que tem sua raiz no latim que significa desintegração da matéria, e que hoje foi ampliada e adaptada para a desintegração da moral e da ética. 

Quando pensamos em corrupção o que visualizamos primeiro é a prática corruptiva a partir do ente estatal, governos ou serviços públicos, raras as vezes avaliamos ou observamos a corrupção a partir do individuo autônomo. 

Todavia a corrupção só é possível de se praticar em via dupla, com a participação do corruptor e do corrompido. 

Como a própria raiz da palavra define, quando há a prática da corrupção é porque está em curso a deterioração das convenções que rege a mínima atenção ao respeito àquilo que é regimentado como certo e de acordo com a ética. 

Na prática da corrupção sempre se misturam o ente estatal, empresa privada e o individuo comum, seja ele autônomo, representante do estado ou de uma empresa privada. A ação corruptiva pode ser praticada tanto do ente estatal para o ante privado ou indivíduo como também ao contrário. Isso quer dizer que a corrupção é uma via de mão dupla. 

No Brasil a corrupção se alastrou de tal forma que praticamente impossível efetuar qualquer transação sem ser obrigado a se corromper de uma forma ou de outra. A pratica da corrupção se tornou uma atitude natural, mesmo que 90% da população a repudie e dizem não fazer uso, quando observamos mais de perto vemos que o simples ato de oferecer uma chupeta (pipo) para uma criança parar de chorar é um ato de corrupção. 

Um caso típico de corrupção em Dom Eliseu onde o corruptor é o cidadão comum é na questão de abastecimento de água por caminhões pipa. Hoje existe um bom número de domicílios e de propriedade rural no município que são abastecidos por caminhão pipa, todavia há muita reclamação de pessoas que, para solicitar a água, se inscrevem em uma lista, e muitas vezes pessoas que sequer tem seu nome na lista recebem a água e aquela não. Diante desta constatação foi feita uma observação e constatou-se que a prioridade é dada para aquele que “molha a mão” do condutor do pipa. 

A corrupção sempre é praticada com a intenção de se obter uma vantagem, mas por outro lado sempre provoca uma situação perigosa, vamos analisar a questão da emissão da carteira de motorista, por exemplo. Se fosse para seguir todas as regras e critérios para a expedição de uma carteira de habilitação certamente apenas uma pequena porcentagem dos requisitantes obteria a autorização para conduzir veículos, pois as regras dos testes para conduzir veículos são muito severas, e então grande parte dos que se inscrevem para adquirir uma carteira de habilitação recorrem ao ato de corromper o instrutor e o avaliador, e estes que se resignam a receber a propina. Assim as consequências deste ato é uma quantidade considerável de condutores de veículos automotores sem a mínima condição de conduzi-los, e o que causa um aumento nas estatísticas de acidente de trânsito com inevitáveis mortes. 

A corrupção generalizada, como a que é praticada no Brasil contribui para a uma sistema educacional deficiente, sistema de saúde precário e para a miséria sistêmica que leva milhões de pessoas à morte todos os dias. Um país de pessoas corruptas prejudica tanto a população quanto um país em guerra. 

Esses relatos acima são apenas para comprovar que a corrupção não está apenas no alto escalão, mas sim também nos pequenos atos do cidadão no dia a dia comum. 
Aproveitando o tema desta postagem aproveito para falar sobre a abordagem feita pela Professora Rosa Cruz sobre a corrupção em um comentaria dela sobre a postagem A Prefeitura e os Vales Transporte, onde ela de modo bem peculiar faz uma análise do ato da corrupção. Clique AQUI para ler o comentário da Professora Rosa Cruz.

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