FUTEBOL

,,,,,HORA DO GOL’’’’’
                                    Walquer  Carneiro/2000


Olha o gol !!!
A bola rola
Dentro das quatro linhas.
Olha o gol !!
Olha a ginga do Jogador.

A bola rola
De pé em pé
Cadê o Gol !?
A bola sai pela linha de fundo.

A bola rola ...
O pé que entra de sola,
O juiz que  apita a falta,
O zagueiro reclama em voz alta
Dentro da pequena área
A bola na marca do penal.

Olha o gol !!
O arqueiro preocupado
Em baixo dos três paus.  
A galera pula e grita
Gooooool !!!!!
Agita lá na geral.
Gooooool !!!!
Tá todo mundo ligado
No  vai e vem do  futebol.

A bola rola
Nos toques pelo meio  de campo,
Na velocidade do centro avante
Que toca pro lateral
Que avança pela ponta esquerda
Correndo no rumo do
Gooooool !!!!!!!!

AMBIENTAL

A saga de Dom Eliseu para obter a legalidade ambiental

O município viveu o auge do
extrativismo florestal e agora
sofre com o embargo ambiental
lutando para sair da ilegalidade

WALQUER CARNEIRO

Legalização ambiental. Essa é a palavra de ordem para Dom Eliseu, município localizado na região sudeste do estado do Pará,  cuja administração,  desde 2009, vem trabalhando junto aos órgãos ambientais  estadual e federal para retirar aquela região do embargo ambiental  decretado, em 2008, pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), e que pôs o setor produtivo e a economia local em profunda recessão por não haver uma opção imediata que viesse a  substituir a geração de emprego e renda  que era 90% dependente do extrativismo florestal.   

No início  dos anos 80 Dom Eliseu contava com uma população formada por 10  mil habitantes,  possuía um  parque industrial composto por mais de 200 serrarias sustentadas pela extração de árvores amazônicas abundantes naquela região,  na extremidade  sudeste do Pará.  As serrarias foram atraídas para o local em decorrência da Rodovia Belém-Brasília que facilitava o escoamento da madeira serrada.

Dom Eliseu pertenceu ao município de Paragominas até o ano de 1989, quando conseguiu obter a emancipação política e administrativa, porém, em vinte anos, nenhuma administração se preocupou em planejar a economia local pensando em um modelo alternativo de produção que pudesse substituir a extração de árvores e a utilização de seus sub produtos como o carvão vegetal, e nem tão pouco se empenhou em elaborar um projeto de ordenamento territorial e ambiental.

Neste período pessoas de todos os lugares do Brasil, principalmente da região nordeste, correram a Dom Eliseu seduzidas pela facilidade em conseguir emprego. Essa massa formou  a força de trabalho que sustentou a demanda por mão de obra até o ano de 2000, quando a população já beirava  40 mil pessoas, e foi nessa época que se iniciou a desmontagem do parque industrial em decorrência do endurecimento da fiscalização por força da pressão das entidades ambientalistas, e no ano de  2003 Dom Eliseu contava com cerca de 20 madeireiras, apenas,  e um enorme contingente de desempregados, essa situação teve como reflexo  o aumento da criminalidade, assim o embargo ambiental causou  colapso econômico além de criminalizar o incipiente setor da produção agropecuária que se iniciava.  

O prefeito de Dom Eliseu, Joaquim Nogueira Neto, que assumiu a administração de Dom Eliseu em 2009, ficou com a missão de tirar o município da ilegalidade, diante disso ele   constatou que a  primeira providência para se iniciar a retomada das atividades produtivas,   nas terras que antes eram cobertas pela floresta,  seria  fazer o cadastramento ambiental rural (CAR), no entanto foram verificados dois problemas que poderiam impedir o andamento do processo. O primeiro foi de ordem financeira,  pois para efetuar o referenciamento geográfico para o cadastramento seria necessário valores  muito alto, levando em conta que entre as cercas  de 1.200 propriedades rurais  do território municipal, a predominância é de médias e pequenas áreas, de acordo com estimativas da secretaria de agricultura,  e os proprietários não dispunham de recursos para pagar os técnicos. O  segundo problema é que todos os proprietários entendiam, erroneamente,  que o cadastramento traria punições para os proprietários  das áreas que foram desmatadas em quantidade   além do que estava preconizado na legislação ambiental,  e por isso eram resistentes em aderir ao cadastramento.    

Para transpor esses obstáculos foram tomadas medida administrativas que colocou Dom Eliseu na vanguarda do processo da legalidade ambiental, pois imediatamente  a administração municipal iniciou um trabalho de contato com o MMA que se pôs como parceiro,  e  desde o inicio agiu como agente facilitador,  direcionando todo o processo junto a secretaria municipal de meio ambiente com  a orientação de que seria necessário iniciar um programa de conscientização dos proprietários com uma série de reuniões.  E para acelerar o processo de cadastramento o MMA encaminhou o  município para receber recursos do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – para financiar o CAR com uma doação feita pelo reino da Noruega.

Foram dois anos e cinco meses de trabalho intenso, período em que se realizou  uma conferência municipal de meio ambiente, um dia de campo ambiental e três reuniões de trabalho com a presença de técnicos do MMA, Sema, Imazom,  PNUD, Sindicato dos Produtores Rurais e Sindicato dos Trabalhadores Rurais sempre   com o foco na orientação dos proprietários rurais que eram chamados  a  colaborarem para o cadastramento ambiental. 


Na ultima  sexta-feira (6 de maio de 2011) o esforço conjunto demonstrou ter logrado êxito, pois em mais uma reunião  foi lançado o Projeto BRA/08/003 de Prevenção ao Desmatamento no  Município,  anunciado que  o contrato com o PNUD já estava selado e o recurso para efetuar os CAR, na ordem de R$ - 1.200 milhão,  estava a disposição, além de que  também foi divulgado o nome das empresas que compõe o consórcio que fará o georeferêncimento de todas as propriedades rurais do território de Dom Eliseu.

Nesta reunião o analista ambiental do MMA Alexandre Resende, que acompanha o processo desde o início,  falou que o projeto de cadastramento ambiental desenvolvido  em Dom Eliseu é uma política pública do governo federal, inovador e pioneiro servindo de aprendizado para a equipe envolvida no projeto. “O que está sendo montado é um modelo de regularização ambientalmente viável e ambientalmente sustentável  que servirá de base para ser aplicado em outros municípios”,  disse Alexandre.    

De  acordo com dados do MMA 63% do território de Dom Eliseu não conta mais com cobertura florestal, e não há informações seguras sobre a condição geográfica e ambiental de cada uma das propriedades rurais e por isso é necessário a execução do CAR definitivo cujos objetivos foram traçados em três eixos: ordenamento  territorial, monitoramento e fomento a atividade sustentável previstos no PPCDAM- Políticas de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia -, e sob essa luz foi elaborado um termo de ajuste de conduta (TAC) assinado no mês de abril por todos os atores envolvidos no processo,  mais o ministério público, que, entre outras decisões,  recomenda a reconstituição da cobertura florestal  num prazo de trinta anos determinando que será permitido desmatar até 40 Km² por ano apenas em áreas que tenham projetos de manejos aprovados e que o cadastramento ambiental  tem quer ser efetuado em  no  mínimo 80% das propriedades.


O cadastramento ambiental rural não tem caráter punitivo e  permitirá o reconhecimento de todos os imóveis rurais do território municipal em seus aspectos geográficos de relevo, hidrográficos e de vegetação criando um banco de dados minucioso através de mapas e gráficos que serão utilizados para criar a identidade de cada propriedade habilitando  ao produtor a elaboração de projetos para a produção, comercialização e a garantia de segurança junto aos agentes financeiros. “O cadastramento ambiental rural é um grande passo na direção de retirar Dom Eliseu da lista dos municípios que mais desmatam,  sendo este um dos compromissos do termo de ajustamento de conduta”, ponderou o prefeito Joaquim.  

A reunião do dia 6 de maio foi o divisor de águas na história de Dom Eliseu marcando o início dos trabalhos do Consórcio Geoambiente & Satélite,  representado na ocasião  pelo engenheiro Pedro Silvério, diretor da Satélite Engenharia, ele contou que a partir de junho as atividades de referenciamento geográfico   das propriedades serão iniciadas,  e que daí em diante serão necessários cerca de 10 meses para a conclusão dos trabalhos, e posteriormente será iniciado o  monitoramento pelo Imazon.  

O secretário municipal de meio ambiente de Dom Eliseu,  Edilberto Poggi, foi o homem, na administração de Joaquim Nogueira Neto,  que levou o município  a chegar ao ponto onde se encontra hoje na jornada para a legalidade ambiental. Para Edilberto a partir de agora todo o esforço feito nos últimos anos começa a mostrar resultados, e  que ao ser concluído o CAR facilitará   o microzoneamento ecológico econômico que vai mostrar a nossa capacidade de reposição florestal,  vocação produtiva e o potencial de escoamento. “Partir de agora é importante o compromisso do proprietário colaborando para facilitar os trabalhos de georeferenciamento, porque o município precisa montar essa base de dados”, explicou o secretário.

Taiguara Alencar, assessor técnico do PNUD revelou que a atuação da entidade não se resume a apenas viabilizar o recurso,  mas também acompanha todo o processo de contratação da empresa,  elaborando o processo de contratação  dando apoio técnico para a execução do projeto. Taiguara ressaltou que o  acompanhamento é necessário para garantir a qualidade no desempenho dos serviços. “Levando em conta que se trata das Nações Unidas  o processo de licitação é muito rigoroso, exigindo qualidade técnica impecável”, disse ele lembrando que o Consórcio Geoambiente/Satélite tem bastante experiência na área de cadastramento ambiental.  

Para o prefeito Joaquim Nogueira Neto sem a colaboração do PNUD, que viabilizou o recurso por intermédio do reino  da Noruega,  o processo de legalização ambiental do município não seria possível, e sem a legalização ficaria inviabilizado qualquer tipo de investimento na região, até mesmo a regularização fundiária estaria dificultada. “De posse do CAR o proprietário rural poderá recorrer ao Iterpa ou ao Incra e dar entrada  para  efetivar a  regularização fundiária para documentar sua propriedade, e eu tenho certeza de que os produtores irão entender a necessidade de se fazer o cadastramento”, avaliou o prefeito.    

Após o cadastramento das propriedades todo o território rural de Dom Eliseu passará a ser monitorado pelo Imazon -   Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia -, e para isso serão selecionadas pessoas locais para montar uma equipe que será capacitada para operacionalizar a coleta de dados através dos equipamentos fazendo  os trabalhos de observação da cobertura vegetal no espaço geográfico do município. Toda a infraestrutura de monitoramento será instalada pelo Imazon no período de três anos ao custo de R$ - 2 milhões. “Esse processo será realizado a custo zero para os proprietários, independente do tamanho de suas propriedades.  E sem o aporte de recursos do PNUD e do Imazom, o Car não seria concluído antes de dez anos”, afirmou o prefeito lembrando que em Paragominas, o primeiro município do Pará a fazer o CAR,  todo o processo foi bancado pela prefeitura e pelos  produtores. 

E DÁ-LHE POESIA !!


COBRA GRANDE TODA PRETA 
                                                                 Walquer Carneiro/1994

JK riscou um traço
No meio do mapa do Brasil
Do centro extremo ao extremo norte
Mostrando assim seu perfil.

Belém-Brasilia
Desvirginou a  floresta
E o pouco do que ainda resta
Tá na foto do satélite
Pros gringos fazerem a festa.

Cobra grande toda preta
Que rasga ao meio a mata
Rota de ouro, madeira
Do ferro e o sonho de  prata
De fatal felicidade
Lavando a esperança
Deixando a saudade.

Belém-Brasília
Por onde trafega a sorte
A alegria e a fortuna,
A dor e a morte
Levando os pensamentos
Da cobiça que sempre brilha
Diretamente pro norte.

Grande  Belém-Brasília
Bela e moderna Trilha
De peões e garimpeiros
Derramando suor e sangue
Entesourando riquezas
Para magnatas e trambiqueiros.

POESIA BLUES




NOTURNAMENTE BLUES
                                                         Walquer Carneiro/1995


Meus olhos vagueiam noturnamente
Por entre os vultos que passam
Na noite de verão.
Garotas vão passando
Dando bola aos boys
E os gays fazem seus trotoir,
E de dentro do meu carro
Eu observo as pessoas que vão.

Meus olhos vagueiam noturnamente
Vermelhos
As noites de neon,
Minha mente turbilha veloz
Em meio aos ruídos
Que estribilam latentes esvoaçando no ar
Da rua passarela que vai
Sem saída para lugar nenhum
Sob  efeito canabinol.

Meus olhos vagueiam noturnamente
Semblantes, maquiagens exóticas,
Cabelos e tatuagens,
Cruzam minha frente
Lentamente como sonho
Enquanto eu vou fitando  
De dentro do meu carro
Observando  as pessoas que vão.

De repente
Um grito na noite
Um pivete bateu
A carteira do otário
Enquanto eu paro
E  tomo uma cervejinha
No barzinho da esquina
Onde um  broto displicente
Passa rente
E esbarra em mim.

HOJE TEM POESIA !




PARA DERROTAR TODO MAL
                                            Walquer Carneiro/2003


Quem mundo feito de trevas,
Em pouco lugar há luz.
São coisas que acontecem,
São fatos que não mentem,
Mentiras  que a tudo conduz.

Nações que se perdem no mal,
Pessoas que nada sabem.
O brilho que serve de guia
Quase ninguém pode ver
Pois ao mal não convém;

O mal que destrói a noção
De bondade, humildade e afeição.
E nos escombros das civilizações
Humanos gemem de dor
Guiados por incontáveis vilões.

Humanos oprimem humanos
Libertando uma fera mortal,
Derrubando as paredes da mente
Pensamento de gerações
Desvirtuando o que é normal.

Andem nas veredas da verdade,
Ouçam, todos, a voz da criação
Pois é debalde todo o mal.
Os caminhos que levam à vida
É melhor do que a vida em vão.

Através da verdadeira Luz
Ir em busca do que é certo
Combatendo a fúria e a dor
Jogando a semente no solo
Levando a esperança pra perto.

O juízo de todas as nações
Terá que lutar para acabar
Com a falta de compaixão
Que teima em fazer morada
No seio das multidões. 

O RISCO DE SER BLOGUEIRO

Três tiros tentam calar a voz de um blogueiro carioca

A liberdade de expressão na
internet está em risco, pois
quando a verdade é exposta
sempre incomoda algum poderoso

WALQUER CARNEIRO

No mês de março um blogueiro carioca Ricardo Gama foi literalmente fuzilado quando chegava em sua residência. Ele levou três tiros e conseguiu sobreviver. 
Agora você pergunta: porque ele sofreu esse atentado ? O que foi que ele fez ?
Ricardo da Gama faz o que todo bom jornalista tem que fazer. Falar a verdade doa a quem doer, no entanto esta postura tem lá a suas conseqüências quando se contraria interesses dos poderosos que nem sempre agem de forma clara.

Foi o que aconteceu com Ricardo,  que leva no sangue o anseio pela justiça e resolveu, a partir do momento que achou necessário, denunciar, no seu Blog,  as mazelas provocadas pelo governo do estado do Rio de Janeiro. Pela verdade ele pôs em risco a própria vida, mas o atentado ao invés de enfraquecê-lo deu-lhe mais força. Ele agora está se recuperando e já recomeçou a sua militância a favor da verdade.

O pior de tudo que o atentado ao blogueiro foi um ataque frontal contra a liberdade de expressão e uma demonstração de que quando há corrupção,  e esta é denunciada,  o corrupto toma a única providência que lhe cabe nestas circunstancia. Calar a boca do denunciante tirando-lhe a vida.  

Eu resolvi postar aqui esta história porque os grandes meios de comunicação não se dignaram a dar um misero espaço para propagar esta que foi uma das maiores afrontas contra a liberdade de expressão desde o regime militar.

Apesar dos tiros Ricardo Gama continua com seu blog no ar e sempre ativo, e nos dias que ficou hospitalizado ele contou com a colaboração de amigos para atualizar a sua página.


O blogueiro Ricardo Gama concedeu uma entrevista para  o site Fazendo Média. Clique AQUI para ler a entrevista, e AQUI para acessar o Blogue do Ricardo Gama. 

POEMA PRA VARIAR



ATITUDE CONCRETA
                                    Walquer Carneiro/2002
O


pedreiro assenta o tijolo
Com a massa feita no chão,
O engraxate lustra o sapato
De todo e qualquer cidadão.

O poeta junta as letras
Para falar do seu ideal
Incentivando toda a massa
Na luta contra o temporal.

O médico e a medicina
É pra curar o doente.
O ouro do anel da madame
Produz o amor que ela sente.

As letras do dicionário
É para dar significado
E transmitir a  mensagem
De tudo o quer for falado.

O juiz atento tudo observa,
O advogado acusa e defende,
A polícia indaga e desvenda
Sendo culpado ela prende.

Para viver nesta terra
Todo ser tem sua sina,
A sina de todo poeta
É encontrar uma rima.

O boi no pasto remoendo
O capim sua alimentação,
Inconscientemente preparado
Para matar a fome da população.

A palavra  grito de ordem
Se espalha em  todo lugar
Mostrando  que é preciso viver
Sem  desistir,  sofrer ou chorar.

O alicerce sustentando tudo
Invisivelmente inabalável,
Tudo que existe  ele contém  
Até mesmo o imponderável.

POBREZA EXTREMA

Um em cada dez brasileiros vive em situação de miséria

Dos 16,2 milhões em extrema pobreza,
4,8 milhões não têm nenhuma renda, e
a grande maioria dos brasileiros em s
ituação de miséria é parda ou negra

PORTAL VERMELHO

Cerca de 16,2 milhões de brasileiros são extremamente pobres, o equivalente a 8,5% da população. A identificação de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza foi feita pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), a pedido do governo federal, para orientar o programa “Brasil sem Miséria”, que deverá ser lançado nas próximas semanas pela presidente Dilma Rousseff.


O objetivo do programa será garantir transferência de renda, acesso a serviços públicos e inclusão produtiva para resgatar brasileiros da miséria.

“Essa taxa [de 8,5% dos brasileiros em situação de miséria] indica que não estamos falando de uma taxa residual. A taxa de extrema pobreza atinge quase um brasileiro a cada dez”, afirmou o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, que participou da divulgação dos números, ao lado da ministra de Desenvolvimento e Combate à Fome, Tereza Campello.

A estimativa do IBGE foi feita a partir da linha de extrema pobreza definida pelo governo federal. Também anunciada nesta terça, a linha estipula como extremamente pobres as famílias cuja renda per capita seja de até R$ 70.

Esse parâmetro será usado para a elaboração das políticas sociais. De acordo com a ministra Tereza Campello, o valor definido é semelhante ao estipulado pelas Nações Unidas.

Para saber mais clique AQUI.

CONTRA ABUSO SEXUAL

Rede de assistência para combater abuso sexual

Dom Eliseu se organiza para fortalecer
rede social municipal no combate
ao abuso sexual de menores
intensificando campanha

WALQUER CARNEIRO

O Creas – Centro de Referência Especializado em Assistência Social de Dom Eliseu está mobilizando toda a sua equipe para III Campanha Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes. Os preparativos estão em andamentos desde o mês de março e o lançamento foi feito no dia 26 de abril.


A organização da campanha está sendo coordenada por Maria Rosilene dos Reis, assistente social e diretora do Creas, juntamente com Daniele Azevedo Melo e Souza, psicóloga do órgão.
O movimento acontece com o propósito de chamar a atenção da população para a gravidade do assunto, já que o abuso sexual é prática recorrente no município de Dom Eliseu, e este ano serão ampliadas as frentes de apoio em combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes com o fortalecimento da rede de proteção aos menores em situação de risco.

A rede de proteção social engloba, além de todos os setores da secretaria de ação social, também a secretaria municipal de saúde e secretaria municipal de educação, e agentes comunitários de saúde cujos servidores serão convocados para participarem de seminários preparatórios. Esses servidores são fundamentais no auxílio ao apoio das crianças que tem seus direitos violados, pois os profissionais da educação e saúde estão em contato direto com a criança em diversos momentos. “O nosso objetivo é capacitar a esses profissionais mostrando as formas que eles podem detectar os sinais em uma criança que está sendo abusada sexualmente ou submetida a outros tipos de violência”, esclareceu Rosilene.

O fortalecimento da rede de proteção à criança e adolescente é um dos principais focos da III Campanha Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, porque 90% dos casos de abuso sexual e violência contra menores acontecem no local de morada e são causados por pessoas de convivência familiar com a vítima e isso fato constrange a vítima a denunciar a agressão.

A rede de proteção social também conta com o apoio da Defesa Civil, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, além das associações de moradores que atuam através da parceria com a prefeitura municipal e câmara de vereadores.
Para a psicóloga Daniele Azevedo a mobilização de todos esses setores se faz necessário porque as crianças são as maiores vítimas de violência sexual, qualquer tipo de violência é uma transgressão aos direitos humanos. “Essa situação compromete o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social quebrando o processo de formação da criança ou do adolescente”, raciocinou Daniele.

A campanha de conscientização terá seu apogeu no dia 18 de maio, Dia Nacional de Mobilização de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes com desdobramentos intensificados durante todo o ano de 2012. ( Com informações da Equipe do Creas/Dom Eliseu )

A data de  18 de maio foi escolhida como dia nacional para a mobilização e  conscientização de  combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes para lembrar o trágico acontecimento,  no ano de 1973, quando a menina Araceli Cabrera foi morta por um grupo de viciados da alta sociedade da cidade de Vitória, capital do Espírito Santo.

O caso chocou o Brasil e mobilizou os meios de comunicação, porém até hoje nenhum dos envolvidos no crime foram punidos. Para saber mais clique AQUI e AQUI.

A data começou a ser lembrada a partir de 2000 quando o congresso nacional aprovou a  Lei 9.970, que instituiu o dia 18 de maio como o dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes.

EDITA LEGAL